sábado, novembro 26, 2005

Camélias brancas

"Fora estranho voltar à casa depois de tantos anos.
A casa de onde mesmo os fantasmas tinham desertado. Se tivera alguma fantasia de reencontrar o menino louro que correra por aquelas escadas, que subira às árvores, que uma vez quase se afogara num dos tanques, ela não se confirmara.
Não era verdade que os meninos ficavam nas casas, à espera de que um dia os homens de cinquenta anos, de cabelos já não louros mas brancos viessem procurá-los, com os braços estendidos para a frente e as mãos vazias de dedos afilados."

É assim que começa o conto intitulado "Camélias brancas", na página 89. Gosto de um começo assim.

3 Comments:

At 28 novembro, 2005 00:04, Anonymous Anónimo said...

Ainda não li Gabriel G.M.um Nobel.
Já peguei neste livro e larguei-o lá. Mas Estes trechos estão a abrir-me o apetite.

 
At 28 novembro, 2005 00:05, Anonymous Anónimo said...

Já peguei neste livro várias vezes e deixei lá. Mas estes trechos estão a abrir-me o apetite.
Miss2

 
At 02 março, 2007 02:24, Anonymous Anónimo said...

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