quarta-feira, dezembro 21, 2005

Atavios


Mais poesia. "Atavios" de Teresa Klut. Li este livro começando pela primeira página, uma coisa que raramente faço quando leio poesia. Mas por alguma razão que desconheço, provavelmente razão nenhuma, abri-o na primeira página. Fui lendo devagar e passando as páginas devagar, uma a seguir à outra. Quando dei por mim tinha chegado ao fim de "Atavios".
O livro está dividido em duas partes: a primeira intitulada "morrer" e a segunda "nascer".
O amor. Outra vez o amor.

XVI

Um amor assim só acontece uma vez.
Assim, só um avez.
Um amor que fala esta língua,
tem um cheiro próprio,
um sabor intenso,
uma luz quente.
Se o defraudamos, nunca mais volta.
Nunca mais.
A ironia é sabê-lo tarde demais
como uma melodia distante e bela. (p.45)

XVII

Uma melodia distante e bela. (p.47)


XXIII

- Queres saber a única verdade que a vida encerra?

- Queres que te diga o que fica depois de tudo?

- Ou preferes ficar num abraço que só os meus braços
te sabem dar? (p.59)

XXV

- Vês? Esta é a única verdade! (p.63)


Estou na última página. O livro termina com este poema de uma única frase. Fico nostálgica. Com saudades dessa tal "única verdade" que me escapou sempre. sempre. sempre.

1 Comments:

At 21 dezembro, 2005 16:19, Anonymous Anónimo said...

O amor . Sempre o eterno dilema com séculos de existência e toneladas de palavras deitadas sobre si ...
A única verdade é a procura . Sempre . Sempre . Sempre
Até deixares de ser.

Teresa klut

 

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